segunda-feira, 2 de novembro de 2009

Queridos amigos [e inimigos]

Petrolina, 30 de outubro de 2009


Queridos amigos [e inimigos]


Venho através deste, novamente, comunicar-vos um fato de extrema relevância: NÃO IREI ABANDONAR O BLOG! Mas é óbvio que não tomaria uma decisão desse cunho por um motivo nada específico. Além dos mais, as vossas presenças são bastante interessantes e de suma importância para minha convivência.

Aprendo muito com todos vocês. O cotidiano aqui apresentado, as imagens, as histórias, enfim, todos os posts que tenho o prazer de acompanhar influem diretamente no meu aprendizado, que nunca cessa. É constante, é ativo, é promissor, devido a essa gama de valores acrescentados ao meu conhecimento.

Comentei no texto anterior sobre a não participação de alguns blogueiros na comunidade em geral. Falei por falar, para ‘encher linguiça’. Sei perfeitamente bem que todos têm afazeres (e muitos, por sinal!) na vida real, e a vida virtual não pode estar em primeiro plano. Concordo perfeitamente com essa percepção, pois estou passando por um momento na qual não tenho olhos para quase nada além da universidade. Mas sempre estou por aqui, quando posso sempre atualizo este lugar que tanto me identifico, e confiro o trabalho alheio sim, isso faz parte. Muitas vezes não comento e peço desculpas por isso, sabemos da importância de um comentário para um blogueiro (e pra qualquer divulgação de trabalho, seja ele qual for).

Sabe o que me deixou mais feliz? A preocupação de várias pessoas em saber da minha suposta desistência. No primeiro dia quase ninguém se pronunciou... Por um momento passei a acreditar que realmente teria que excluir o blog, já que nem avisando que nem faria isso, ninguém se importaria... Mas passaram-se os dias e vi que estava completamente enganado! Observei que havia bastante gente que gosta do que eu escrevo, pessoas até que eu nem imaginava! Recebi mensagens, scraps, emails e depoimentos de seguidores descontentes com a minha provável auto exclusão.

Bem, esperei mais e mais pra criar aquela expectativa! Espero que não se irritem comigo pela brincadeira. Recapitulando, não irei excluir esse cantinho que tanto me custou e que tanto me recompensa continuamente. Abandonar seria largar quatro meses da qual tenho dedicado um pedacinho do meu dia em busca de uma integração maior. Tenho amizades aqui muito importantes para mim, tenho uma amizade rabiiiscada na qual já ultrapassou o limite do coerente... Seria uma injustiça tremenda com todos, e comigo mesmo, ter uma atitude dão drástica (olha só o drama!).

Pronto, é isso o que tenho a dizer. Continuarei por aqui importunando a todos com meus textos. Falta-me tempo, mas em breve tudo melhora. Uma conclusão:

“A amizade é como as estrelas; não precisamos vê-las a todo instante, apenas saber que elas existem e que aparecem nos momentos convenientes.”


Thiago Maia

segunda-feira, 19 de outubro de 2009

Caros amigos [e inimigos]

Petrolina, 14 de outubro de 2009


Caros amigos [e inimigos]


Venho através desta comunicar a minha despedida do mundo blogueiro. É sim, minha despedida! Passei uma temporada bastante produtiva com vossas companias, algumas, pois, criei um vínculo amistosos inestimável, magnífico, indescritível! Compartilhei muitos momentos meus [alguns íntimo] e muitos dos meus pensamentos e reflexões. Alguns caracterizaram meus textos como “melosos”, dramáticos, pessimistas... Outros elevaram meu ego em momentos de elogios “rasgados”, exaltados, estimulantes... Ponto na balança, uso a maquiagem da elegância e me disponho a colher tudo o que plantei. Afinal, aqui se faz, aqui se paga! Correto, entendo.

Fiquei a imaginar esses dias o quanto me afastei do meu blog por motivos superiores, e analisar o que esse afastamento teve como conseqüência. Dizem que afeto, amor, esse lance de gostar, é que nem o vento e o fogo: quando a chama é pequena, o fogo apaga, quando a chama é grande, o vento apenas eleva seu estado. Acho que foi assim com minha ausência. Creio que esta serviu para mostrar quem realmente passa por aqui ou pede notícias minha porque sente minha falta, e não porque a visita tem que ser retribuída, ou algo semelhante. Sei que podem estar falando o mesmo nesse exato momento... Digamos que a bendita moeda tem seus lados, e é preciso analisar ambos, “¿no cierto?”.

Sendo assim, estou analisando o meu. Não estou julgando, longe de mim, quem sou eu pra tal questionamento. É mais uma exposição aleatória de pensamentos [talvez] medíocres. Apenas percebi que a participação em certos casos se torna mais mecanicista do que afetivo. É do tipo “passa no meu que eu passo no seu”! Mais uma vez digo que vocês devem estar me chamando de chato e hipócrita. Tudo bem gente, tudo bem. Possa ser que eu esteja passando por um momento de modificações mais ríspidas e estas estejam afetando um pouco do meu lado capitalista de ser. Todos têm os afazeres e não é conveniente e nem obrigatório ficar bajulando ninguém só pra ficar “rasgando seda” e avisando que passou. Muitos passaram em minhas postagens só porque eu fazia isso. Não se importaram em momento algum saber o motivo da minha ausência. Fiquei por ai, andando na areia e olhando pra trás, notando que o vento sempre apagava meu rastro... Nesse mundo de titãs, a batalha pela conquista do dia é inevitável, porém o indispensável é a atenção, o carinho, o afeto... Isso sim fará toda a diferença.

Enfim, não quero que me julguem mal! Tenho pra mim que farei falta a muitos, e nem serei lembrado daqui a duas horas por muito mais ainda! Saibam desde já que aprendi bastante com vossos textos e fico contente por isso. Espero que um dia eu possa retomar minhas atividades blogueiras e refazer meus laços virtuais com uma fita mais resistente, para que se prolongue a beleza majestosa do que uns chamam de amizade.


Thiago Maia

domingo, 20 de setembro de 2009

[Acho que] Não sei o que dizer



[Acho que] Não sei o que dizer


Talvez seja, realmente, de rabiscos que se fazem os sonhos, ou do verde da esperança que se mistifica o meu ser... Não sei o que dizer no momento, acho que na verdade não TENHO o que dizer. Mesclo uma incerteza obscura que me sacrifica e me adentra o subconsciente, que, como diria minha querida Clarice Lispector, “por enquanto estou inventando a tua presença”. Pensei que fosse capaz da abstinência da vossa companhia, da não personificação minuciosa do seu caráter no meu efetivo sentimento... Mas me deparo com peculiaridades que me sagram em pontos vitais, padecendo um menino que apenas queria soltar pipas no deserto e receber uma medalha de hora ao mérito. Tudo bem, entendo perfeitamente que as pessoas que mais nos decepcionam são as que amamos, pois pensamos que são perfeitas e esquecemos que são humanas. Não sei de quem é essa frase, mas ela caiu PERFEITAMENTE no presente contexto. Fico grato por isso. Imaginei um castelo, um jardim, um banquinho e um buquê de rosas vermelhas acompanhado de um belo café da manhã. Imaginei um lago ao lado e nós dois descansando na grama, deitados, trocando carícias e uma eloqüente essência de amor perceptível a milhares de quilômetros. Imaginei infindáveis possibilidades de não haver nenhuma possibilidade de não ficar sem sua presença. Mas aconteceu algo que não estavam nos meus planos: acordei! Sonho bom, bom sonho... Não sei o que dizer. Sonhei com você, um sonho aparentemente sem nexo. Dias depois vi que ele havia, e muito, nexo... Infelizmente não pude fazer nada pra evitar, sua chegada foi relâmpago, e sua saída foi uma tempestade. Tumultuada, cheia de prejuízos, uma calamidade. Bom, acho que mesmo antes da minha presença, já havia as tempestades, creio que eu tenha construído minha harmoniosa “residência” em local impróprio. Mas sem problemas. Já estou de malas prontas, já estou de mudança e a vida prossegue. Acabo de escutar uma frase criteriosamente perfeita: “a única coisa que você leva dessa vida é o amor que você sente”. E esse amor estará sim nessa minha pequena mala de colo que levarei durante meu percurso, em busca de uma casinha singela e segura. Não sei MAIS o que dizer. Suponho que esporadicamente lembrarei-me da sua pessoa, algo que me fará bem, por um momento. Lembrarei o que imaginava pra nós dois. Há no platonismo um predomínio do sofrimento exacerbado e que te empolga e te machuca, simultaneamente. Espero que a segunda hipótese não me afete diretamente, não pinte de cinza os meus ensolarados dias nas margens do Velho Chico... É difícil, muito complexo escapar ileso de uma afinidade sentimental. É algo cotidiano, uma percepção corriqueira e que mina sua estrutura somente em saber que teu sonho está sendo paulatinamente degradado. Tudo bem. Continuo com minha rotina de estudante de universidade tentando conseguir um mísero lugar ao sol. Vou arrumando tempo pra conciliar meu EU com seu EU, a fim de me proteger do que esse NÓS pode causar de maligno. O que for de saudável creio que indiscutivelmente seria a alternativa mais preciosa, mas no momento não é a mais eficiente, portanto não tem a devida validade. Acho que JÁ sei o que dizer: Platão, aqui vou eu! “SÓ SEI QUE NADA SEI”.



Texto e foto : Thiago Maia
Mais fotos em: www.flickr.com/thyagumayah

quinta-feira, 3 de setembro de 2009

Verde é sim, a cor da esperança




Verde é sim, a cor da esperança


Não sei! Talvez uma simples palavra, um simples olhar, um simples sorriso... Já tentei não prestar tanta atenção em tais aspectos que me fazem ficar bobo, aspectos estes que são fios de cristais que delimitam o meu ontem e o meu amanhã. Certo que não encarei mais nas peculiaridades que envolvem este seu olhar, mas ai me deparo com este seu lindo estilo de ser e percebo a harmonia que te envolve não é por acaso; é algo espontâneo, que encanta, que te torna infinitamente apaixonante. E este sorriso singelo, destruidor de todos os monstros que se escondem no meu guarda roupas, transportando uma áurea de felicidade de onde está até onde vai... Venha! Supondo que a cada momento que me aproximo de ti, sinto algo distinto e que me fortalece, finjo que estou fraco e que preciso do seu auxílio. Chegue mais! Proporcione uma nova caracterização no seu cotidiano e permita-se que eu faça parte de um pedaço do seu dia. Seria tão importante quanto saciar a fome de desejo e afeto com a primeira fatia de bolo de aniversário, ou pegar aquele bouquet de rosas pós casamento. Talvez, ser uma “gracinha” já ministre uma dimensão avantajada do que pode acontecer daqui pra frente. Quem sabe eu não presencie tal olhar cor de esperança se fechando lentamente e sentindo o momento como se fosse o primordial e o fundamental, o prazeroso e o inexplicável? “Ando devagar porque já tive pressa...”. Justamente o que me incentiva a te querer é o que, ao mesmo tempo, me controla a não colocar o carro na frente dos bois. Mas é complicado resistir à sua presença! É impossível não te olhar e não admirar da maneira mais dinâmica, concreta, desejar sua presença mais efetiva, fazer parte do seu olhar, do seu sorriso, do seu jeito cativante e imparcial de cultivar um sentimento que ainda necessita de um “babá”, mas que se apresenta da melhor maneira possível. Basta querer! Pode até ser que eu já tenha o que desejei à primeira instância, mas eu quero ir além do que meu pensamento lógico me limitou e estou em busca constante disso. “Mais longe foi quem ao menos tentou”. Mas não tenho pressa, já disse! Mas também não te resisto, já disse! Como diria Zeca Baleiro... “Disse que não podia ficar, mas levou a sério o que eu falei, eu vou fazer de tudo o que eu puder, eu vou roubar essa mulher pra mim...”. Não sei! Creio que eu possa fazer isso por um motivo que esteja longe da sua compreensão, creio que sua percepção possa está aguçada e percebendo tudo... Veremos! Essa sua forma de se comportar me deixa com pensamentos a mil! Menina enigmática sim! Bom, muito bom. Desvendando o mistério, a recompensa é, com certeza, avassaladora. Motivo? Tenho mesmo que dizer? Bem, meu senso de observação não falha, e se estou aqui é porque sei que vale a pena. Sei também que pensou: “Mas você mal me conhece!”. E concordo! Nada mais justo. É preciso participar de uma confusão pra saber que ela não presta? Percepção, isso vale muito! Vale tanto que não me importa a profundidade de onde estou a mergulhar; o que vale é a sabedoria de que, mesmo errando, algo de bom foi aproveitado, além de que posso fazer por onde valer a pena o contexto em que estamos. Talvez eu seja um cara “doido”, que expõe o que sente e o que acha que pode acontecer. Otimismo! Melhor ser otimista, concorda? Até que nada dê errado, o otimista sofreu menos. E você está terminando de ler e refletindo o que esse “querido nino” está querendo fazer ao invadir sua vida. Vamos que vamos! Tal envolvimento é saudável e colore meus dias, dá força, ênfase, motivação, pré disposição... E os 5% heim? Espero que esteja rendendo...


Texto e foto: Thiago Maia
Mais fotos em: www.flickr.com/thyagumayah

segunda-feira, 31 de agosto de 2009

Amizades virtuais



Amizades virtuais


E nesse mundo tão interconectado em todos os aspectos é impossível que não surja uma forma de aproximação mais efetiva. Chega um momento em que passamos a ter a certeza de que os amigos, de verdade, são como estrelas: não as vemos constantemente, mas sabemos que elas existem. E o que seria mias importante do que fazer novos amigos? Conservar os velhos, claro! Mas pra existir bons e velhos amigos é fundamental conhecer pessoas. Inúmeras são as possibilidades de iniciar uma amizade: colégio, universidade, festas, na rua, comércio, igreja, enfim, qualquer ambiente em que haja fluxo de pessoas e, se possível, que compartilhe dos mesmos interesses. Nada melhor do que uma reunião com aqueles amigos que você ama de coração, aqueles que você ‘mata e morre’, enfrenta o mundo com apenas um argumento em mãos: ‘sou seu amigo e não abro por nada!’. É isso que te faz adormecer e amanhecer tranqüilo, olhar para o horizonte, arregaçar as mangas e partir pro ataque. As amizades de verdade são análogas à família, onde você pode contar com ambas em todas as ocasionalidades. Mas a intenção primordial é caracterizar o que tamanha globalização é capaz de fazer com as amizades. Distanciar? Creio que só se esse for o propósito de algumas das partes relacionadas. Aproxima! Isso é fato! n formas de manter um contato interpessoal: mensagens para celular, email, mensageiro instantâneo, blog, flog, twiter... Portanto, esta não seria uma desculpa cabível. É válido aproveitar toda essa gama de tecnologias para um bem útil e comum. E estou retirando da melhor maneira possível todo esse espectro informacional. E dentre muitas, fazer amizades virtuais é uma das mais prazerosas. É indescritível a sensação de ser retribuído mesmo não conhecendo efetivamente quem está do lado oposto. É uma questão de paradigmas: verdadeiros amigos não são escolhidos por estética, mas por atitudes, por personalidade. Há outro fator: concorrência. Somos animais (racionais, claro!), mas defendemos instintivamente o meio que nos circunda. Partindo desse marco intuitivo, a presença física no início de uma amizade, a depender profundamente do contexto, pode interferir negativamente ou positivamente no processo de amadurecimento. E com isso, o valor de uma amizade virtual é, pra mim, algo excepcional! Fico a imaginar algum dia encontrar os amigos que fiz pela internet. São muitos! Muitos mesmo! E dos mais variados lugares: dos quatro cantos do Brasil e até do exterior. Creio que estes sejam mais difíceis haver um encontro, mas tudo é possível, o impossível apenas demora mais. Sinto-me super bem quando me deparo com amigos logo cedo no MSN. É uma forma gostosa de começar o dia, sabendo que você modifica o cotidiano de alguém. E claro, se permite ser modificado! E essa interação prossegue no decorrer do dia, compartilhando experiências, dividindo tristezas e multiplicando alegrias, recebendo emails, mensagens SMS, scraps... Métodos de interação são o que nem falta. E o bom de tudo é saber que, mesmo sem contato físico, sem interesses estéticos, nem financeiros, nem sociais, você pode contar com aquela é pessoa que mora distante, mas que está sempre pertinho, de alma e coração. A virtualidade explorada de forma saudável só proporciona benefícios, e cabe a cada integrante deste incontestável mundo onde se mescla o sagrado e o profano, fazer por onde as amizades valerem à pena, independe se virtuais ou não, pois o que é pra ser feito, vale a pena ser BEM feito.


Texto e foto: Thiago Maia
Mais fotos em: www.flickr.com/thyagumayah