domingo, 20 de setembro de 2009

[Acho que] Não sei o que dizer



[Acho que] Não sei o que dizer


Talvez seja, realmente, de rabiscos que se fazem os sonhos, ou do verde da esperança que se mistifica o meu ser... Não sei o que dizer no momento, acho que na verdade não TENHO o que dizer. Mesclo uma incerteza obscura que me sacrifica e me adentra o subconsciente, que, como diria minha querida Clarice Lispector, “por enquanto estou inventando a tua presença”. Pensei que fosse capaz da abstinência da vossa companhia, da não personificação minuciosa do seu caráter no meu efetivo sentimento... Mas me deparo com peculiaridades que me sagram em pontos vitais, padecendo um menino que apenas queria soltar pipas no deserto e receber uma medalha de hora ao mérito. Tudo bem, entendo perfeitamente que as pessoas que mais nos decepcionam são as que amamos, pois pensamos que são perfeitas e esquecemos que são humanas. Não sei de quem é essa frase, mas ela caiu PERFEITAMENTE no presente contexto. Fico grato por isso. Imaginei um castelo, um jardim, um banquinho e um buquê de rosas vermelhas acompanhado de um belo café da manhã. Imaginei um lago ao lado e nós dois descansando na grama, deitados, trocando carícias e uma eloqüente essência de amor perceptível a milhares de quilômetros. Imaginei infindáveis possibilidades de não haver nenhuma possibilidade de não ficar sem sua presença. Mas aconteceu algo que não estavam nos meus planos: acordei! Sonho bom, bom sonho... Não sei o que dizer. Sonhei com você, um sonho aparentemente sem nexo. Dias depois vi que ele havia, e muito, nexo... Infelizmente não pude fazer nada pra evitar, sua chegada foi relâmpago, e sua saída foi uma tempestade. Tumultuada, cheia de prejuízos, uma calamidade. Bom, acho que mesmo antes da minha presença, já havia as tempestades, creio que eu tenha construído minha harmoniosa “residência” em local impróprio. Mas sem problemas. Já estou de malas prontas, já estou de mudança e a vida prossegue. Acabo de escutar uma frase criteriosamente perfeita: “a única coisa que você leva dessa vida é o amor que você sente”. E esse amor estará sim nessa minha pequena mala de colo que levarei durante meu percurso, em busca de uma casinha singela e segura. Não sei MAIS o que dizer. Suponho que esporadicamente lembrarei-me da sua pessoa, algo que me fará bem, por um momento. Lembrarei o que imaginava pra nós dois. Há no platonismo um predomínio do sofrimento exacerbado e que te empolga e te machuca, simultaneamente. Espero que a segunda hipótese não me afete diretamente, não pinte de cinza os meus ensolarados dias nas margens do Velho Chico... É difícil, muito complexo escapar ileso de uma afinidade sentimental. É algo cotidiano, uma percepção corriqueira e que mina sua estrutura somente em saber que teu sonho está sendo paulatinamente degradado. Tudo bem. Continuo com minha rotina de estudante de universidade tentando conseguir um mísero lugar ao sol. Vou arrumando tempo pra conciliar meu EU com seu EU, a fim de me proteger do que esse NÓS pode causar de maligno. O que for de saudável creio que indiscutivelmente seria a alternativa mais preciosa, mas no momento não é a mais eficiente, portanto não tem a devida validade. Acho que JÁ sei o que dizer: Platão, aqui vou eu! “SÓ SEI QUE NADA SEI”.



Texto e foto : Thiago Maia
Mais fotos em: www.flickr.com/thyagumayah

quinta-feira, 3 de setembro de 2009

Verde é sim, a cor da esperança




Verde é sim, a cor da esperança


Não sei! Talvez uma simples palavra, um simples olhar, um simples sorriso... Já tentei não prestar tanta atenção em tais aspectos que me fazem ficar bobo, aspectos estes que são fios de cristais que delimitam o meu ontem e o meu amanhã. Certo que não encarei mais nas peculiaridades que envolvem este seu olhar, mas ai me deparo com este seu lindo estilo de ser e percebo a harmonia que te envolve não é por acaso; é algo espontâneo, que encanta, que te torna infinitamente apaixonante. E este sorriso singelo, destruidor de todos os monstros que se escondem no meu guarda roupas, transportando uma áurea de felicidade de onde está até onde vai... Venha! Supondo que a cada momento que me aproximo de ti, sinto algo distinto e que me fortalece, finjo que estou fraco e que preciso do seu auxílio. Chegue mais! Proporcione uma nova caracterização no seu cotidiano e permita-se que eu faça parte de um pedaço do seu dia. Seria tão importante quanto saciar a fome de desejo e afeto com a primeira fatia de bolo de aniversário, ou pegar aquele bouquet de rosas pós casamento. Talvez, ser uma “gracinha” já ministre uma dimensão avantajada do que pode acontecer daqui pra frente. Quem sabe eu não presencie tal olhar cor de esperança se fechando lentamente e sentindo o momento como se fosse o primordial e o fundamental, o prazeroso e o inexplicável? “Ando devagar porque já tive pressa...”. Justamente o que me incentiva a te querer é o que, ao mesmo tempo, me controla a não colocar o carro na frente dos bois. Mas é complicado resistir à sua presença! É impossível não te olhar e não admirar da maneira mais dinâmica, concreta, desejar sua presença mais efetiva, fazer parte do seu olhar, do seu sorriso, do seu jeito cativante e imparcial de cultivar um sentimento que ainda necessita de um “babá”, mas que se apresenta da melhor maneira possível. Basta querer! Pode até ser que eu já tenha o que desejei à primeira instância, mas eu quero ir além do que meu pensamento lógico me limitou e estou em busca constante disso. “Mais longe foi quem ao menos tentou”. Mas não tenho pressa, já disse! Mas também não te resisto, já disse! Como diria Zeca Baleiro... “Disse que não podia ficar, mas levou a sério o que eu falei, eu vou fazer de tudo o que eu puder, eu vou roubar essa mulher pra mim...”. Não sei! Creio que eu possa fazer isso por um motivo que esteja longe da sua compreensão, creio que sua percepção possa está aguçada e percebendo tudo... Veremos! Essa sua forma de se comportar me deixa com pensamentos a mil! Menina enigmática sim! Bom, muito bom. Desvendando o mistério, a recompensa é, com certeza, avassaladora. Motivo? Tenho mesmo que dizer? Bem, meu senso de observação não falha, e se estou aqui é porque sei que vale a pena. Sei também que pensou: “Mas você mal me conhece!”. E concordo! Nada mais justo. É preciso participar de uma confusão pra saber que ela não presta? Percepção, isso vale muito! Vale tanto que não me importa a profundidade de onde estou a mergulhar; o que vale é a sabedoria de que, mesmo errando, algo de bom foi aproveitado, além de que posso fazer por onde valer a pena o contexto em que estamos. Talvez eu seja um cara “doido”, que expõe o que sente e o que acha que pode acontecer. Otimismo! Melhor ser otimista, concorda? Até que nada dê errado, o otimista sofreu menos. E você está terminando de ler e refletindo o que esse “querido nino” está querendo fazer ao invadir sua vida. Vamos que vamos! Tal envolvimento é saudável e colore meus dias, dá força, ênfase, motivação, pré disposição... E os 5% heim? Espero que esteja rendendo...


Texto e foto: Thiago Maia
Mais fotos em: www.flickr.com/thyagumayah