Amizades virtuais
E nesse mundo tão interconectado em todos os aspectos é impossível que não surja uma forma de aproximação mais efetiva. Chega um momento em que passamos a ter a certeza de que os amigos, de verdade, são como estrelas: não as vemos constantemente, mas sabemos que elas existem. E o que seria mias importante do que fazer novos amigos? Conservar os velhos, claro! Mas pra existir bons e velhos amigos é fundamental conhecer pessoas. Inúmeras são as possibilidades de iniciar uma amizade: colégio, universidade, festas, na rua, comércio, igreja, enfim, qualquer ambiente em que haja fluxo de pessoas e, se possível, que compartilhe dos mesmos interesses. Nada melhor do que uma reunião com aqueles amigos que você ama de coração, aqueles que você ‘mata e morre’, enfrenta o mundo com apenas um argumento em mãos: ‘sou seu amigo e não abro por nada!’. É isso que te faz adormecer e amanhecer tranqüilo, olhar para o horizonte, arregaçar as mangas e partir pro ataque. As amizades de verdade são análogas à família, onde você pode contar com ambas em todas as ocasionalidades. Mas a intenção primordial é caracterizar o que tamanha globalização é capaz de fazer com as amizades. Distanciar? Creio que só se esse for o propósito de algumas das partes relacionadas. Aproxima! Isso é fato! Há n formas de manter um contato interpessoal: mensagens para celular, email, mensageiro instantâneo, blog, flog, twiter... Portanto, esta não seria uma desculpa cabível. É válido aproveitar toda essa gama de tecnologias para um bem útil e comum. E estou retirando da melhor maneira possível todo esse espectro informacional. E dentre muitas, fazer amizades virtuais é uma das mais prazerosas. É indescritível a sensação de ser retribuído mesmo não conhecendo efetivamente quem está do lado oposto. É uma questão de paradigmas: verdadeiros amigos não são escolhidos por estética, mas por atitudes, por personalidade. Há outro fator: concorrência. Somos animais (racionais, claro!), mas defendemos instintivamente o meio que nos circunda. Partindo desse marco intuitivo, a presença física no início de uma amizade, a depender profundamente do contexto, pode interferir negativamente ou positivamente no processo de amadurecimento. E com isso, o valor de uma amizade virtual é, pra mim, algo excepcional! Fico a imaginar algum dia encontrar os amigos que fiz pela internet. São muitos! Muitos mesmo! E dos mais variados lugares: dos quatro cantos do Brasil e até do exterior. Creio que estes sejam mais difíceis haver um encontro, mas tudo é possível, o impossível apenas demora mais. Sinto-me super bem quando me deparo com amigos logo cedo no MSN. É uma forma gostosa de começar o dia, sabendo que você modifica o cotidiano de alguém. E claro, se permite ser modificado! E essa interação prossegue no decorrer do dia, compartilhando experiências, dividindo tristezas e multiplicando alegrias, recebendo emails, mensagens SMS, scraps... Métodos de interação são o que nem falta. E o bom de tudo é saber que, mesmo sem contato físico, sem interesses estéticos, nem financeiros, nem sociais, você pode contar com aquela é pessoa que mora distante, mas que está sempre pertinho, de alma e coração. A virtualidade explorada de forma saudável só proporciona benefícios, e cabe a cada integrante deste incontestável mundo onde se mescla o sagrado e o profano, fazer por onde as amizades valerem à pena, independe se virtuais ou não, pois o que é pra ser feito, vale a pena ser BEM feito.